Importância de Expressão fisico-motora na infância
Todos nós temos uma idéia de como é uma criança: ela se arrasta, engatinha, corre, pula, joga, fantasia, faz e fala coisas que nós, adultos, nem sempre entendemos. De qualquer maneira, sua característica é a intensidade da atividade motora e a fantasia.
O conhecimento do mundo da criança na infância depende das relações que ela vai estabelecendo com os outros e com as coisas. O que conhece de si e das coisas é insuficiente para estabelecer relações de grupo e, por isso, centra o seu brinquedo e sua própria atividade, em seus interesses. Porém, é a partir de aproximadamente aos 5 anos, que este aspecto vai sendo modificado pouco a pouco.
Muitas escolas não levam em consideração a importância do brinquedo e da atividade física para a criança, preocupando-se apenas com os aspectos relativos a alfabetização, esquecendo dos demais aspectos do desenvolvimento, como o social e o motor. A aprendizagem deve ser significativa e o significado nessa primeira fase da vida, depende, mais que em qualquer outra, da ação corporal.
Brincadeiras e atividades que desenvolvam habilidades nas crianças são elementos relevantes e tem como objetivo transmitir a elas confiança em si mesmas, compreensão para seu meio ambiente e disposição à comunicação. Isto só é possível quando a criança conhece sua própria capacidade de expressão, sendo capaz de aplicá-la. Uma possibilidade de expressão importante nesta idade é o movimento, que transmite à criança a sensação de espaço, tempo e material; além disso, o movimento é estimulante, encoraja e aumenta o espaço de ação da criança. Assim, ela aprende a fazer uso, não só de objetos, mas também de si mesma.
Boa parte das descrições sobre o desenvolvimento infantil referem-se a movimentos básicos adquiridos que constatamos em quase todas as crianças. O professor de Educação Física procura fazer com que a criança apresente em cada período da vida e da melhor maneira possível, uma boa qualidade de movimentos, de acordo com certos modelos teóricos apresentados, ou seja, que aos três anos, por exemplo, corram ou andem com certa habilidade, que saltem de uma certa forma aos seis anos, etc.
Em relação ao seu papel pedagógico, a Educação Física deve atuar como qualquer outra disciplina da escola e não desintegrada dela. As habilidades motoras precisam ser desenvolvidas, sem dúvida, mas deve estar claro quais serão as conseqüências disso do ponto de vista cognitivo, social e afetivo.
Diante das características da criança na primeira infância, não há por que não valorizar a Educação Física. Se o contexto for significativo para a criança, o jogo, como qualquer outro recurso pedagógico, tem conseqüências importantes no seu desenvolvimento.
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